quinta-feira, 22 de agosto de 2013

[Lotus Article] Deck Build: Sinergia entre os cards

Hello Guys,
Desta vez, venho inaugurar uma nova seção na Blacker Lotus, onde ajudaremos os players a desenvolverem de uma forma adequada seus decks para poderem jogar em um cenário competitivo ou para se destacarem em um cenário casual.
O tema Deck Build de hoje, será a sinergia entre os cards. Sempre que uma lista começa a dar resultados, com certeza existe uma sinergia entre os cards utilizados nesta lista. Para que um deck funcione, os cards presentes neste, devem desenvolver um plano de jogo e ter no mínimo, algumas interações entre estes cards, de forma que a vitória seja alcançada graças a estas interações. É importante ainda que o deck tenha algumas formas de conseguir estas interações, seja uma manipulação de grimório, um draw, um card search, etc.
Enfim, o importante para seu deck conseguir bons resultados, é disponibilizar de cards sinérgicos entre si e um bom plano de jogo para conseguir manipular e/ou conjurar estes cards de forma correta.
Ok, mais o que seria esta sinergia entre os cards?


Sem mais delongas, vamos a um clássico exemplo visual:

Deu pra entender onde quero chegar? Esse é um dos combos mais clássicos da história do Magic: The Gathering. Perceba a grande sinergia existente entre estes três cards. Com a Black Lotus e o terreno do primeiro turno, geramos quatro manas (três multicoloridas da Lotus e uma da cor do terreno) em nossa reserva. Então, usamos Channel com duas destas manas e geramos mais 19 manas e perdemos 19 de vida. Então, temos 21 manas na reserva certo? Pronto, entra em cena a Fireball dando 20 pontos de dano logo no primeiro turno.
Ok, sei que muitos jogadores já conhecem esse combo e a grande sinergia entre estes cards. E é obvio que uma Force of Will acabaria com nossos planos, e pior de tudo, nos deixaria a beira da morte. Portanto, é evidente que só a sinergia dos cards não monta um deck, devemos trabalhar em nosso plano de jogo e desenvolvê-lo de uma forma que nosso combo não falhe no primeiro turno ou em nenhum outro turno.
Portanto, se formos definir este combo como nossa win condition do deck, devemos desenvolver um plano de jogo que nos faça alcançar todos estes cards o mais rápido possível e evitar que o oponente “quebre” nosso combo, seja com anulações, prevenções de dano ou qualquer outro infortúnio.
Mas como todos sabemos, existem inúmeros cards neste jogo chamado Magic. Logo, existem várias sinergias interessantes que podem ser alcançadas pela gama de cards existentes. Algumas muito boas e outras péssimas, ainda existem aquelas que parecem ser boas, mas que não alcançam resultado algum.
Veremos agora alguns cards com sinergia entre si e se eles são viáveis ao formato competitivo ou não...
Aqui temos um clássico combo do Modern, após o desbanimento do Valakut, foi possível testa este combo no Modern e adivinhem... O combo funciona! Isso mesmo, foi possível desenvolver uma lista consistente com um bom plano de jogo para que este combo fosse viável.
Ok, mas qual foi o plano de jogo utilizado? Simples, foi desenvolvida uma lista RUG, onde o plando do deck seria abusar de mana ramp (buscar terrenos no deck) e controlar ao máximo a partida até juntar 8 terrenos e usar a carta Scapeshift. 
Para controlar o campo, a carta Pyroclasm foi eleita, por cuidar do começo do jogo sem problemas. E para counters, temos Remand, um anula que dá tempo para combar e um draw, algo importantíssimo ao deck, ainda mais se estivermos atrás de um Scapeshift para combar. Outras cartas ainda tiveram destaque na lista, como Peer Through Depths,  o melhor tutor para nosso Scapeshit. Cryptic Command e Izzet Charm ganharam espaço na lista por tamanha versatilidade estampada em apenas um card, esta lista com certeza abusará de qualquer uma das habilidades destas cartas, dependendo da necessidade. Enfim, queremos nossos 8 terrenos para usar o Scapeshift e buscar 6 montanhas + 2 Valakuts (ao entrar em campo, os Valakuts checarão as montanhas que entraram e então eles dispararão 6 vezes, o que totaliza em 36 pontos de dano). E com tudo isto abordado, temos um bom plano para executar nosso combo. Temos formas de enrolar o jogo contra os mais variados oponentes e formas de conseguir os 8 terrenos de uma forma mais rápida, entenderam o plano de jogo aqui? Parece algo simples, mas devemos prestar muita atenção no que queremos executar e qual o melhor suporte para isso. Ahhh... algo que quase esqueci de falar, este é um combo de "praticamente" uma carta, afinal só precisaremos do Scapeshift para combar, mas ainda temos algumas condições, como ter os 8 terrenos e precisar de 2 Valakuts no deck. Algo muito bom para o deck, depender de uma única carta para combar, só pode ser bom. Algo interessante, que foi adaptado ao combo foi a quantidade de Valakuts do deck. Afinal, não queremos Valakuts floodando em nossa mão, então utiliza-se apenas duas cópias destes no deck.
Aqui temos um combo que parece genial de primeira instância, uma carta te dá vida quando um oponente perde vida e outra que faz o oponente perder vida quando você ganha vida. Aparentemente, parece um looping incrível, mas na verdade é horrível. Reparem nos custos de mana de ambos, um CMC de 5 manas é altíssimo e se levamos um counter ou não dermos conta de chegar até o late game, tudo foi por água abixo. Ainda devemos nos atentar para alguns detalhes:
Por mais que conjuremos os dois artefatos, pode ser que não consigamos nem ganhar vida e nem causar dano no oponente. Podemos ser alvos de destruição do oponente ou até mesmo de bounce.
Ainda não está contente com a explicação? É só comprar com o Scapeshit, ele só precisa ser conjurado e pronto. Aqui, temos vários condições mais difíceis de completar para combar e ainda demoraremos demais. Aqui temos outro combo similar a este, porém, um pouco mais rápido para ser ativado:
Este combo me lembra um pouco o combo do Twin Exarch, afinal precisamos de duas cartas, uma criatura e uma permanente para combar. Mas diferente do Twin, que ao fazer as duas cartas, resolve o combo e ganha o jogo, aqui ainda dependemos de um mill ou um dano no oponente para iniciar o looping e vencer o jogo. E acreditem, esse turno de espera, pode nos custar a partida. Mas de todos as combinações duvidosas, esta é a que mais pode chegar perto de funcionar, mas mesmo assim, não aconselho aos jogadores que visam um jogo competitivo. Se querem algo competitivo, usem o Twin Exarch:
Aqui temos outra ótima sinergia que conseguiu um bom plano de jogo, resultando em um deck com qualidade e eficiência  Além de termos Deceiver Exarch e Splinter Twin para combar, contamos com algumas segundas opções, como:
O fato de ter segundas opções para o combo, acaba melhorando nosso plano de jogo, afinal, temos melhores chances de que as cartas que precisamos para ganhar, venham em nossa mão. Esta lista acaba tendo um plano de jogo semelhante a lista do Scapeshift, buscando controlar o jogo com counters e remoções de criaturas ao mesmo tempo que utiliza cantrips para alcançar nossas cartas chave.

Enfim, quis ilustrar de uma forma simples e objetiva como uma sinergia pode ser boa, ruim e até mesmo duvidosa. Espero que possam ter entendido um pouco mais sobre a sinergia entre os cards e como tirar bom proveito desta sinergia utilizando um bom plano de jogo e desenvolvendo um bom suporte para se alcançar a vitória.
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Henrique Amaral

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